sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Inquérito conclui que Adriano não deu dinheiro a traficante da Vila Cruzeiro




Para delegado, não há indícios de ligação de atleta com tráfico de drogas.
Atacante disse que dinheiro foi usado em compra de cestas básicas.

Do G1 RJ


Adriano no Ministério Público
O ex-jogador do Flamengo Adriano, atualmente no Roma, da Itália, não foi indiciado pelo delegado Luiz Alberto Andrade, da 38ª DP (Irajá), no inquérito que apurava se o atacante teria enviado R$ 60 mil para traficantes da Favela Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, subúrbio do Rio, local onde o atleta nasceu e foi criado. O objetivo da polícia era esclarecer uma possível ligação de Adriano com o traficante Fabiano Atanásio da Silva, o FB, que controla o tráfico de drogas na região.

O delegado informou ao G1 nesta sexta-feira (6) que decidiu pelo não indiciamento de Adriano por considerar que não havia elementos suficientes que comprovassem a tese. O inquérito foi concluído no dia 29 de julho e enviado ao promotor Alexandre Themístocles, no Ministério Público do estado do Rio de Janeiro.

De acordo com a assessoria de imprensa do MP do Rio, Themístocles não falou sobre o caso, informando apenas que “ainda está em diligências internas”, sem dar mais detalhes.

Além do jogador, foram ouvidos também o amigo Yves, ex-Vasco e a mãe do atacante, Dona Rosilda, que na ocasião apresentou um vídeo que mostra cestas básicas e brinquedos sendo distribuídos na comunidade.

Dinheiro para cestas básicas
No inquérito, há gravações telefônicas autorizadas pela Justiça em que o jogador pede a um primo que vá ao banco para sacar um cheque de R$ 60 mil. Adriano diz que a quantia tem que ser entregue a pessoas que não foram identificadas no telefonema. A suspeita da polícia era de que o dinheiro da conta do atacante teria ido parar nas mãos de traficantes.

As conversas de Adriano com o primo foram gravadas em dezembro de 2009 durante uma investigação sobre a venda de drogas em três favelas do Rio. Em depoimento na delegacia, antes de viajar para a Itália, Adriano afirmou que o dinheiro teria sido usado na compra de cestas básicas e brinquedos para crianças da comunidade.
Do G1 RJ

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